quarta-feira, 18 de abril de 2012

Rosa Branca

Rosa Branca (Weisse Rose) foi o nome pelo qual ficou conhecido um grupo de opositores ao regime nazista fundado em jun./1942. Este grupo atuava em Munique e Hamburgo sendo liderado por cinco jovens universitários e um professor. Eles protestavam contra o governo através da distribuição de panfletos enviados pelos correios para as grandes cidades do sul da Alemanha e da Áustria ou com pichações nos prédios públicos ou nas universidades. O conteúdo destes panfletos tinha caráter religioso e expunha planos para a Alemanha do pós-guerra. Era dirigido à todas as camadas da população e pretendia abalar a confiança do povo no Führer e acordar os alemães do sonho exposto pela propaganda oficial.
No início de fev./1943 o 6º Exército alemão rendeu-se aos soviéticos na cidade de Stalingrado, resultando na morte e aprisionamento de 300 mil soldados, o regime sofreu uma reviravolta. Foi o primeiro grande fracasso das Wehrmacht diante do inimigo. A partir daí os grupos resistentes ganharam fôlego adicional. Aproveitando-se da ocasião excepcional o grupo Rosa Branca aumentou a publicação e distribuição de seus panfletos para outras cidades.
Os irmãos Hans e Sophie Scholl foram flagrados, denunciados e presos pela Gestapo depois de panfletarem na Universidade de Munique onde estudavam. Sob severa tortura eles denunciaram seus principais comparsas. Todos foram julgados por traição pelo Tribunal do Povo e condenados à morte por decapitação na guilhotina como exemplo aos demais grupos dissidentes. Obviamente qualquer outro movimento de resistência no meio estudantil cessou, muito embora a coragem do Rosa Branca viesse a ganhar admiração e reconhecimento no país e exterior, ainda no período da 2ª Guerra Mundial. No segundo semestre de 1943 mais de um milhão de reproduções do último panfleto do grupo foram feitos na Inglaterra e lançados de avião sobre território alemão.

Hans Scholl (1918-1943) - Estudante de Medicina da Universidade de Munique. Juntou-se à Juventude Hitlerista aos 15 anos. Executado em 22/02/43.









Sophie Scholl (1921-1943) - Estudante de Biologia e Filosofia da Universidade de Munique. Irmã de Hans Scholl. Participou da Liga das Jovens Alemãs (BDM). As cartas que ela trocava com seu namorado, Fritz Hartnagel, então lutando pelo Exército em Stalingrado, deixavam-na estarrecida com os horrores da guerra no front russo. Isto lhe serviu ainda mais de motivo para continuar seu trabalho de oposição ao regime nazista. Executada em 22/02/43.






Christoph Probst (1919-1943) - Estudante de Medicina na Universidade de Munique. Casou-se aos 21 anos e teve três filhos, o mais novo de três meses. Implorou clemência no tribunal em função de sua família grande. Executado em 22/02/43.






Alexander Schmorell (1917-1943) - Estudante de Medicina na Universidade de Munique. Serviu no RAD (Serviço de Trabalho do Reich) e prestou serviço militar. Tentou fugir para a Suíça, mas foi capturado. Executado em 13/07/43.







Kurt Hubner (1893-1943) - Professor de Filosofia e Psicologia na Universidade de Munique. Líder do grupo. Executado em 13/07/43.









Willi Graf (1918-1943) - Estudante de Medicina da Universidade de Munique. Pertenceu à Juventude Hitlerista e serviu no RAD (Serviço de Trabalho do Reich). Prestou serviço militar por dois anos. Executado em 12/10/43.







Nenhum comentário:

Postar um comentário