A Cidade de Munique, capital do Estado da Baviera, sempre foi o berço da revolução nacional-socialista. Dez anos antes de subir ao poder, pelos meios democráticos, o jovem ex-cabo do Exército Adolf Hitler, então com apenas 34 anos, tentou assumir o controle daquele Estado na base da força. Seria o primeiro passo para dominar todo o país. No dia 09/11/1923 o seu partido julgava-se forte o suficiente para subjugar quem o impedisse de entrar na sede do Ministério da Guerra e da Câmara Municipal, ocupando o governo.
Seguido por fanáticos simpatizantes, figuras proeminentes da política e do Exército, três mil membros dos "Camisas Pardas" e possuído de uma forte determinação, Hitler liderou uma marcha pelo centro da cidade da famosa cervejaria Bürgerbräukeller (palco de seus acalorados discursos contra a enfraquecida república de Weimar, vide postagem aqui) até o Feldhernnhalle (Câmara Municipal).
No meio da caminhada, próximo ao Ministério da Guerra, os conjurados se depararam com um bloqueio feito por um destacamento da polícia, contudo se recusaram a parar. A polícia abriu fogo contra os revoltosos que revidaram os disparos, iniciando-se um confuso tiroteio e muito corre-corre. O final foi trágico para o líder do movimento: dezenas de feridos, dezesseis mortos e dispersão total da marcha. Entre os feridos encontravam-se o próprio Hitler e seu fiel camarada de luta política, Hermann Göring.
Foto 1: Desenho reproduzindo o momento do tiroteio que dispersou a marcha e acabou com a tentativa de golpe.
Após Hitler passar nove meses na cadeia cumprindo pena por traição, a ideia de assumir o poder total da Alemanha nunca lhe fugiu da mente, todavia, agora, seria pelas vias legais. Os dezesseis companheiros que haviam tombado na marcha não seriam jamais esquecidos e se tornariam mártires do movimento nacional-socialista.
Foto 2: Os dezesseis mortos pela causa nazista: Felix Allfartth (*05/07/1901), Andreas Bauriedl (*04/05/1879), Theodor Casella (*08/08/1900), Wilhelm Ehrlich (*08/08/1894), Martin Faust (*04/01/1901), Anton Hechenberger (*28/09/1902), Oskar Körner (*04/01/1875), Karl Kuhn (*07/07/1875), Karl Laforce (*28/10/1904), Kurt Neubauer (*27/03/1899), Klaus von Pape (*16/08/1904), Theodor von Pfordten (*14/05/1873), Johann Rickmers (*07/05/1891), Max-Erwin von Scheubner-Richter (*21/01/1884), Lorenz von Stransky-Griffenfeld (*14/03/1889), Wilhelm Wolf (*10/10/1898).
Os caixões dos "heróis" foram enterrados em diversos cemitérios da cidade, mas em 1933, após Hitler tornar-se Chanceler da Alemanha, a fim de comemorar dez anos do golpe, resolveu reunir todos em um só local a fim de transformar a data numa das mais importantes da era nazista. O local escolhido foi a própria sede da Feldhernnhalle, em frente a Odeonplatz, onde dezesseis lápides foram erguidas lado à lado com o nome de cada mártir com dizeres exaltando o feito e transformando o local num santuário guardado por sentinelas nazistas onde os transeuntes ao passar deveriam fazer a tão consagrada saudação nazista.
Foto 3: A saudação era exigida até para ciclistas.
Foto 4: Cerimônia em homenagem aos que tombaram no golpe de 09/11/1923.
Foto 5: Cerimônia noturna onde se distingue claramente as lápides verticais acesas por piras diante de tropas das SS.
Foto 6: O Templo era guarnecido por sentinelas-SS postados na lateral leste em meio a ramos de flores.
Foto 7: Uma placa tendo ao topo a águia nazista segurando a suástica tinha os dizeres: "Em 09 de novembro de 1923 tombaram na frente da Câmara Municipal e no Ministério da Guerra os seguintes homens na fiel ressurreição de seu povo: (segue relação nominal de cada um dos dezesseis mortos)". Vide foto 2.
Foto 8: Imagem antiga da fachada principal do Feldhernnhalle antes da colocação dos heróis mortos.
A partir de 1933 e todos os anos seguintes, a medida que o poder nazista ia se consolidando despótico na Alemanha, a data de 9 de novembro passou a ser sagrada e todo aniversário era comemorado com honras de Estado. Havia uma marcha encabeçado pelos "velhos camaradas" do golpe que percorriam o trajeto original em meio a uma multidão entusiasmada de nazistas.
Foto 9: Pelos trajes usados pode-se dizer que se trata de uma das primeiras marchas realizadas pelo NSDAP, antes de assumir o poder em 1933. Algumas figuras ilustres podem ser identificadas além de Adolf Hitler, encabeçando o grupo: Rudolf Hess (vide bio aqui), de casaco claro sem chapéu à direita; Heinrich Himmler (vide bio aqui), atrás de Hess; Wilhelm Frick (futuro Ministro do Interior), atrás de Himmler e Julius Streicher (editor antissemita), ao lado de Himmler. Não se observa também ninguém portando a condecoração alusiva ao evento (Blutorden - vide detalhes aqui) e instituída em 1934.
Foto 10: Adolf Hitler presta homenagem aos mártires de 09 de novembro no Feldhernnhalle.
Todavia, o Führer com sua crescente mania de grandeza, não estava satisfeito com o local onde os que tombaram no movimento de 1923 estavam depositados. Para a cerimônia do ano de 1935 ele ordenou a construção do novo Templo de Honra em estilo greco-romano bem no centro da Königplatz de Munique.
Foto 11: A grande Königplatz. Localizava-se próximo aos prédios da administração municipal e da sede do NSDAP, conforme acima assinalados. Clicar na imagem para ampliar.
Foto 12: Visão aérea mostrando a praça e suas grandes construções ao redor. Em primeiro plano está o Propyläen - monumento em homenagem à ascensão de Otto da Grécia, filho de Ludwig I ao trono da Baviera que libertou a Grécia do Império Otomano (1821-29). À direita da praça está a construção mais antiga - Glyptothek, museu de antiguidades clássicas e à esquerda o Staatliche Antikensammlungen (Galeria Nacional de Arqueologia), cujo término da construção data de 1848. Vide assinalados na foto seguinte. Os prédios mais modernos ao lado de ambos os Templos de Honra, pertencentes à administração do município na década de 30 foram preservados e os outros acima descritos, apesar dos estragos causados pelos bombardeamentos aliados em Munique ao final da guerra, foram recuperadas e fazem parte do grande acervo cultural da cidade até hoje, passeio obrigatório de turistas do mundo todo que visitam a metrópole. Clique na imagem para ampliar.
Foto 13: Nova tomada aérea da praça. O Templo de Honra eram as duas construções baixas semelhantes entre os dois grandes prédios.
Foto 14: Aproximação no plano da calçada da praça.
Foto 15: Visão interessante da posição de ambos os templos. O prédio no centro ao fundo é a sede do NSDAP (vide assinalado na foto 11).
Foto 15a:
Foto 15b: Imagem extraída de cartão postal. É interessante observar a construção vista ao fundo, trata-se da Braunes Haus (Casa Marrom). É a sede do NSDAP em Munique. Foi destruída por bombardeio aéreo em 1943. Nas duas fotos anteriores ela também está visível.
Foto 16: Visão aproximada dos dois templos com suas colunas sustentando um teto semi vazado. Em cada templo jaziam 8 caixões dispostos em duas fileiras de quatro com dizerem gravados em cada um. Quatro piras de mais de 2 metros de altura em cada vértice do prédio, davam ao local, quando acesas, uma atmosfera de respeito e reverência aos ali enterrados. Dois sentinelas em cada templo guarneciam a escadaria principal.
Foto 17: Imagem semelhante, porém original. Ao fundo e à esquerda o segundo templo gêmeo.
Foto 18: Visão colorizada do interior do templo. Observar a disposição simétrica dos caixões, a pira no canto superior esquerdo, os louros de flores deixados após uma cerimônia e ao fundo a praça Königplatz.
Foto 19: Nova tomada, mostrando a praça repleta de transeuntes.
Foto 19a:
Foto 19b:
Foto 20: Aqui é possível observar no alto, à direita, parte do outro templo com sua pira característica em um dos cantos.
Foto 21: As celebrações anuais do 9 de novembro, exceto a marcha, continuaram sendo realizadas até 1943. Nesta foto podemos ver um gauleiter (Líder regional do NSDAP) depositando flores nos túmulos dos heróis enquanto tropas SS e populares permanecem ao redor do templo. O militar de pé no alto da escada provavelmente é o Marechal-de-campo Keitel (vide bio aqui), reverenciando o momento com seu bastão de comando.
Foto 22: O Führer presta homenagem aos heróis diante do Templo de Honra na Königsplatz. Alinhados na calçada os "velhos "camaradas" de luta.
Foto 23: Apesar da construção do novo Templo de Honra as marchas continuaram sendo realizadas por algum tempo. Aqui observamos um grupo encabeçado por Hitler e Göring, em 09/11/1938, preparando-se para iniciar a caminhada pelo trajeto original.
Foto 24: A marcha de 1938 em curso. Na extrema direita se podem identificar Himmler e Frick.
Foto 25: No interior do Templo o ditador alemão deposita uma coroa de flores nos túmulos e presta sua homenagem fazendo a tradicional saudação nazista.
Na cerimônia de 09/11/1939, Hitler escapou por pouco de um atentado à sua vida (vide postagem aqui) e, a partir de então, a marcha foi cancelada por questões de segurança, contudo o encontro dos líderes nazistas e os acalorados discursos continuaram a ocorrer com ou sem a presença de seu líder máximo. Em junho de 1945, logo após o término da guerra, os caixões com as ossadas foram devolvidos aos familiares das vítimas para que lhes dessem o destino desejado. Dois anos mais trade, em janeiro de 1947, o templo foi dinamitado, porém suas fundações resistiram ao tempo e ainda hoje são identificadas. A Feldhernnhalle também sobreviveu à guerra e, a partir de 1994, apenas uma pequena placa está afixada no piso homenageando somente os quatro policiais mortos no golpe de 09 de novembro de 1923.
Foto 26: "Aos membros da polícia do Estado da Baviera que lutaram na missão de encontro com os golpistas do nacional-socialismo em 09.11.1923: Friedrich Fink, Nikolaus Hollweg, Max Schobert e Rudolf Schraut".
Principais condecorações:
??/??/14 Cruz de Ferro 1914 2ª Classe
? Cruz de Ferro 1914 1ª Classe
? Cruz de Ferro 1939 2ª Classe (broche)
? Cruz de Ferro 1939 1ª Classe (broche)
? Cruz de Mérito de Guerra 1ª Classe com Espadas Principais posições/comandos:
12/10/37 - 25/08/39 Líder de Treinamento 1 (Breslau)
26/08/39 - 19/09/41 Cmte. 375º Regimento de Infantaria
20/09/41 - 25/12/41 Cmte. de Campo 579 (FK 579), depois Alto Cmte. de Campo 579 (OFK 579)
26/12/41 - 30/06/42 Cmte. de Campo 298 (FK 298)
01/07/42 - 31/12/42 Cmte. Militar em Kiew (SK Kiew)
Em 1933, após a subida do NSDAP ao poder, Adolf Hitler concluiu que as instalações da Chancelaria eram incapazes de atender todas as necessidades do novo governo. Os planos de expansão foram apresentados pelo arquiteto Leonhard Gaal em jul./1935 que previa, além de reformas internas em cômodos já existentes, a construção de uma extensão pela Wilhelmstrasse até o Palácio Borsig e de um Salão de Festas no jardim dos fundos. Neste último, em seu subterrâneo, seria escavada uma grande adega com 1,5 m de profundidade e um teto de concreto armado cuja espessura e paredes seriam suficientes para suportar todo o peso do novo salão. Durante a construção a ideia da adega evoluiu para um abrigo subterrâneo maior a fim de proteger o ditador e seus mais próximos colaboradores. Ficou conhecido, após a conclusão em 1936, como Vorbunker, ou abrigo superior. Consistia de dezesseis cômodos ramificados por apenas um corredor central, com geradores de energia à diesel, sistema de comunicações (telefone, telex e rádio), ventilação, água, boiler e gás independentes. Haviam duas saídas, ambas voltadas para o jardim atrás da velha Chancelaria.
Entre 1938-39 a nova sede da Chancelaria do Reich (vide detalhes aqui) foi erguida e possuía também em seu subterrâneo diversos cômodos para abrigo antiaéreo. Em 1942, quando a guerra já estava em curso há 3 anos, novo abrigo subterrâneo foi construído ao lado do Vorbunker, porém 2,5 m mais abaixo. Esse novo abrigo ficou conhecido por Führerbunker e possuía estrutura capaz de resistir impactos violentos de bombardeios aéreos. Foi conectado ao Vorbunker por uma escada cujo acesso era feito por uma grande porta de aço à prova de gás, constantemente vigiada por guardas-SS. Um túnel foi aberto a fim de proporcionar a ligação entre os dois bunkers e a nova Chancelaria. O Führerbunker tal qual o Vorbunker possuía quartos ao longo de um corredor central e sala de máquinas exclusiva para geração de energia, água, gás, e etc.
Hitler e seus auxiliares próximos se mudaram definitivamente para o Führerbunker em 16/01/1945 quando a guerra chegara a um ponto irreversível, pois as tropas do Exército Vermelho avançavam continuamente do leste europeu em direção à capital do Reich. Pelo lado ocidental as pontas de lança dos exércitos aliados planejavam o cerco por aquele setor. Em abril não havia mais esperança: Berlim em ruínas, os últimos focos de resistência sendo derrotados um após o outro, a população em retirada, capitulação em todas as linhas de combate, suicídios em sequência e Hitler a beira de um ataque de nervos diante de más notícias vindas de todos as partes. Na tarde do dia 30 o Führer matou-se na sala de estar, ao lado de seu escritório, juntamente com Eva Braun, recém casados na véspera. No dia seguinte, seu fiel Ministro da Propaganda, Josef Goebbels (vide bio aqui), também cometeu o mesmo gesto extremo em conjunto com sua esposa, Magda, após envenenar seus filhos menores (vide detalhes aqui). É o melancólico fim do prometido Reich que duraria mil anos. Todos foram incinerados de acordo com ordens dadas anteriormente no jardim da Chancelaria, próximo a uma das saída do abrigo, e ali mesmo enterrados.
Nas primeiras horas do dia 02/05/1945 as tropas soviéticas lançaram um ultimato aos últimos resistentes e, após a rendição do comando da defesa de Berlim (General de Artilharia Helmuth Weidling, vide bio aqui), capturaram a Chancelaria às 6 h da manhã e às 9 h entraram no bunker. Houve uma sucessão de suicídios entre os últimos generais alemães presentes.
A seguir apresentamos algumas plantas dos Vorbunker e Führerbunker para que o visitante possa melhor entender a complexidade da obra. Clicar na imagem para ampliar.
Foto 1: Todos os aposentos estão assinalados. É óbvio que ao longo da existência dos bunkers modificações na ocupação foram feitas, contudo a ideia básica era essa.
Foto 2: Uma maior aproximação do Führerbunker com os aposentos mobiliados. Notar à esquerda os aposentos do Führer (assinalados), principalmente a sala de estar onde ele cometeu suicídio. Clique na imagem para ampliar.
Foto 3: Abaixo do Salão de Festas construido nos fundos da velha Chancelaria fica o subterrâneo inicial para abrigo antiaéreo sendo, posteriormente, expandido no que ficou conhecido como Vorbunker. Nesta montagem podemos ter uma ideia deste ambiente. comparar com a foto 99 da postagem sobre a Chancelaria aqui.
Foto 4: Aqui temos outra visão com a posição exata no jardim dos fundos da velha Chancelaria, próxima ao Salão de Festas (construção arredondada mais abaixo da imagem).
Foto 5: Nesta outra planta observamos os bunkers (assinalados) e sua conexão com os subterrâneos da nova Chancelaria e o jardim. Todas áreas listradas representam áreas construidas no subsolo: garagem, oficina, despensa, alojamentos, hospital e abrigos antiaéreos. As construções na cor laranja escuro são prédios de superfície existentes em 1944.
Foto 6: Neste desenho se apresentada uma visão sem divisórias do Führerbunker subterrâneo ao lado das janelas do Salão de Festas da antiga Chancelaria.
Foto 7: Outro desenho quase do mesmo ângulo mostrando a saída de emergência em primeiro plano e as janelas do Salão de Festas ao fundo. À direita, coberto pelas folhas da árvore, encontra-se a torre de observação.
Foto 8: Uma foto real do pós guerra no mesmo local da imagem anterior: saída de emergência, torre de observação e janelas do Salão de Festas da antiga Chancelaria.
Foto 9: Escrivaninha da sala de estar do ditador onde ele se matou.
Foto 10: Reconstituição aproximada da sala de estar do ditador: o sofá no qual ele se matou junto com Eva na tarde de 30/04/1945 e a escrivaninha em cuja parede havia uma tela oval de Frederico, o Grande. Vide foto 1 (seta assinalada 2) e à esquerda da foto 2 (mobiliada).
Foto 11: Nova reconstituição mobiliada da sala de estar. Vide fotos 1 e 2.
Foto 11a: Mais uma reconstituição em 3D não concluída segundo o autor.
Foto 11b: Do mesmo autor anterior. Muitos detalhes não batem com as outras montagens.
Foto 12: Os quatro aposentos mais utilizados pelo Führer em maquete mobiliada.
Foto 13: Soldados soviéticos examinam o recinto em busca de provas que possam corroborar a tese de suicídio. Por muito tempo os russos duvidaram da versão apresentada pelas testemunhas capturadas. Este é o sofá onde o ditador se matou com um tiro de pistola na têmpora. Observar a mancha de sangue (assinalada) no braço do sofá.
Ele estava sentado naquele lado e provavelmente sua cabeça, após o
disparo, pendeu para a direita com o sangue escorrendo. Eva ingeriu veneno (cianeto) deitada ao seu lado. Em seu corpo não foram encontradas feridas.
Foto 14: Modelo da arma pessoal do ditador encontrada no chão após o suicídio dentro da sala de estar no Führerbunker: pistola de fabricação alemã Walther PPK 7,65".
Foto 15: Pela disposição dos móveis este parece ser o quarto de Hitler. Observar o armário aberto com cabides à mostra e um cofre arrombado à direita. Vide foto 2.
Foto 16: Acredita-se que esta imagem seja a mesma anterior vista pelo lado oposto. O cofre arrombado com alguns livros em cima e parte da cama.
Foto 17: Esta foto é atribuída ao quarto do ditador, embora pareça reconstituída. A dúvida persiste.
Foto 18: Ao que tudo indica este era o escritório de Hitler. Sua mesa de trabalho à esquerda com luminária e uma poltrona para convidados. Vide fotos 1 e 2.
Foto 19: Aproximação da mesa de trabalho, revelando detalhes suspeitos, já que tudo foi remexido com a chegada dos russos ao local.
Foto 20: Documentos encontrados se referem a este aposento como sendo a sala de mapas ou de conferências, onde o Führer se reunia com seus generais para deliberar sobre as questões estratégicas de defesa. Vide maquete mobiliada na foto 12 assinalada no alto à direita. Não havia muito espaço para tantas pessoas, portanto apenas Hitler ficava sentado numa cadeira de costas para a parede, à direita na foto, enquanto os demais permaneciam de pé ao redor da mesa. Na noite de 22/04/1945, durante uma destas conferências, o ditador teve um de seus piores ataques de nervos ao receber a notícia de que seus planos para salvar a capital do Reich do cerco do Exército Vermelho haviam falhado. Foi a primeira vez que admitiu a derrota, contudo culpou seus generais traidores.
Foto 21: Acredita-se que esta imagem seja do quarto de Eva Braun. Vide foto 2 assinalada.
Foto 22: É provável que este aposento também seja o mesmo quarto de Eva da foto anterior, todavia tudo não passa de pura especulação. Os soviéticos, após a guerra, tentaram detonar o bunker por duas vezes sem sucesso e o que restou ficou irreconhecível. Até a década de 70 ainda havia vestígios da construção sem nenhum móvel e os cubículos parcialmente alagados. Durante a remodelação do centro da capital para a Copa do Mundo de 2006 o complexo subterrâneo foi totalmente sepultado para dar lugar a um largo estacionamento com placas e maquetes alusivas ao antigo local a fim de atrair turistas interessados. Até um museu foi erguido.
Foto 23: Imagem bastante semelhante à foto 20 em outra época e outros móveis.
Foto 24: Local indefinido. Obra de arte saqueada.
Foto 25: Provavelmente uma das casas de máquinas em foto dos anos 70.
Foto 26: Talvez um dos corredores principais do Vorbunker ou Führerbunker.
Foto 26a: Reconstituição da antessala (corredor) indicada na foto 2.
Foto 26b: Imagem anterior invertida.
Foto 27: Local indefinido, semelhante a toaletes.
Foto 28: Em 1947 numa das fracassadas tentativas de demolição, isto foi o que restou da entrada e do respiradouro. Vide foto 8.
Foto 29: Segundo a literatura existente, esta cova rasa foi o local onde os corpos de Hitler e Eva Braun foram incinerados e sepultados. Dalí eles foram exumados pelo serviço secreto soviético e levados para autópsia em outro local. A história a partir daí é repleta de controvérsias.
Foto 30: General Weidling, comandante da defesa de Berlim, aceita a rendição dos soviéticos e deixa a Chancelaria do Reich por uma das saídas de emergência voltadas para a Vosstrasse.
Biografias curtas, condecorações, insígnias, ordens de batalha, curiosidades e outros assuntos correlatos da Alemanha exclusivamente nos períodos pré e durante a segunda guerra mundial.