Hitler assumiu a Chancelaria da Alemanha em jan./1933 e logo, com o auxílio de seus sectários, tramou uma forma de expulsar os comunistas do país naquilo que ficou na História conhecido como o "Incêndio do Reichstag" (vide detalhes aqui). Em meados do ano seguinte foi a vez da eliminação da cúpula das SA, tropa de choque do NSDAP, os "camisas pardas", que vinham rivalizando com o poder do Exército regular. "A Noite das Longas Facas" não apenas degolou as SA como também foi subterfúgio para o assassinato de muitos inimigos do regime. O acordo secreto que o Führer havia feito com o Ministro da Defesa, General Werner von Blomberg (vide bio aqui), deixou as Forças Armadas (Wehrmacht), a partir daquela ocasião, totalmente submissas as intenções do ditador. Em ago./1934 o alquebrado Marechal Hindenburg (vide bio aqui), presidente da Alemanha, faleceu e deixou o caminho livre para Hitler abolir aquele cargo e tornar-se o único mandatário do país.
Contudo ainda faltava uma coisa, algo que mantivesse o militar e o povo presos definitivamente às vontades de Adolf Hitler. Não ao chanceler, ou à pátria, nem à bandeira ou ao povo, tão somente à figura salvadora daquele homem que estava predestinado a conduzir a população do país à glória e à prosperidade - um juramento de irrestrita lealdade com hipoteca da própria vida. Desta forma, logo após o funeral de Hindenburg, foram instituídos oficialmente os juramentos das Wehrmacht e Waffen-SS. Eis suas palavras:
Wehrmacht
"Eu juro por Deus neste sagrado juramento que renderei incondicional obediência a Adolf Hitler, líder do Reich Alemão, supremo comandante das Forças Armadas, e que devo estar sempre preparado como um bravo soldado, a dar minha vida por este juramento"
Waffen-SS
"Eu juro a você, Adolf Hitler, líder e chanceler da nação alemã, lealdade e bravura. Eu voto a você e meus superiores designados por você, obediência até a morte. Assim Deus me ajude"
Otto Gille nasceu em mar./1897. Ingressou no Exército aos 17 anos, como aspirante, tão logo teve início a 1ª Grande Guerra. Durante o curso das batalhas foi promovido a 2º Tenente e condecorado por bravura com as duas classes da Cruz de Ferro 1914. Após o cessar-fogo foi desligado do Exército segundo as restrições impostas pelo Tratado de Versalhes e promovido à 1º Tenente. Em 1931 filiou-se ao NSDAP e ingressou nas SS. Gille experimentou um crescimento rápido nesta tropa tendo alcançado a patente de Major-SS em abr./1937. Pouco antes do começo da 2ª Guerra Mundial, Gille assumiu o comando do I Batalhão do 5º Regimento de Artilharia-SS onde atuou na campanha da Polônia e na ofensiva contra os países baixos e França. Por seus feitos foi agraciado com as duas classes da Cruz de Ferro versão 1939 e promovido à Tenente-coronel-SS. Em nov./1940 foi indicado comandante do 5º Regimento de Artilharia-SS ao qual seu antigo batalhão estava subordinado. À frente desta unidade participou do ataque à Rússia, em jun./1941, e foi promovido duas vezes. Em jun./1942 serviu por curto espaço de tempo no comando geral das SS em Berlim e, na sequência, foi designado comandante do Regimento-SS Westland, retornando ao front leste de batalha. Por seu brilhante espírito de liderança à frente de seus subordinados e pelo excelente resultado obtido foi condecorado com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro e promovido à Major-general das Waffen-SS. Em mai./1943 Gille assumiu o comando da Divisão Panzergrenadier-SS Wiking ainda em território soviético. Nesta unidade foi promovido à Tenente-general das Waffen-SS e recebeu, em reconhecimento pelos seus brilhantes feitos diante do inimigo, a raríssima Cruz de Cavaleiro com Folhas de Carvalho, Espadas e Diamantes, sendo apenas o 12º militar das Wehrmacht a conquistar esta honraria. Em ago./1944 foi deslocado para a liderança do 4º Corpo Panzer-SS que lutava nos países do leste da Europa contra o maciço ataque soviético, entretanto, assim como todas as forças germânicas, fracassou diante das dificuldades encontradas. Gille caiu prisioneiro dos norte-americanos ao final da guerra e permaneceu em cativeiro por três anos. Em dez./1966 faleceu de ataque cardíaco, aos 69 anos.
Promoções:
01/09/14 Aspirante (Exército)
27/01/15 2º Tenente
31/03/19 1º Tenente
25/09/32 2º Sargento-SS (Allgemeines)
27/01/33 1º Sargento-SS
20/04/33 2º Tenente-SS
20/04/35 1º Tenente-SS
09/11/35 Capitão-SS
20/04/37 Major-SS
19/10/39 Tenente-coronel-SS
30/01/41 Coronel-SS
01/10/41 Coronel-senior-SS
09/11/42 Major-general das Waffen-SS
09/11/43 Tenente-general das Waffen-SS
09/11/44 General das Waffen-SS
Principais condecorações:
? Cruz de Ferro 1914 2ª Classe
? Cruz de Ferro 1914 1ª Classe
26/10/39 Cruz de Ferro 1939 2ª Classe (broche)
21/11/39 Cruz de Ferro 1939 1ª Classe (broche)
28/02/42 Cruz Germânica em ouro
08/10/42 Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro
06/03/43 Cruz da Liberdade 1ª Classe com Espadas (Finlândia)
01/11/43 Cruz de Cavaleiro com Folhas de Carvalho (315º)
20/02/44 Cruz de Cavaleiro com Folhas de Carvalho e Espadas (47º)
19/04/44 Cruz de Cavaleiro com Folhas de Carvalho, Espadas e Diamantes (12º)
Principais posições/comandos:
15/02/37 - 30/04/39 Cmte. 2ª Cia. do Regimento-SS Germania
01/05/39 - 14/11/40 Cmte. I Batalhão do 5º Regimento de Artilharia-SS
15/11/40 - 01/02/42 Cmte. 5º Regimento de Artilharia-SS
20/06/42 - 30/07/42 Cmdo. Geral das SS (Artilharia)
Theodor Eicke nasceu em out./1892 na Alsácia&Lorena, região germânica, limítrofe entre França e Alemanha. Aos dezessete anos ingressou no Exército Imperial Alemão tendo participado da 1ª Grande Guerra onde foi condecorado por bravura com a Cruz de Ferro 1914 2ª Classe. Após o final das hostilidades Eicke desligou-se do Exército no posto de Sargento seguindo as diretrizes impostas pelo tratado de Versalhes. Em ago./1928 ingressou nas Tropas de Assalto (SA) e três meses depois filiou-se ao NSDAP. Em jul./1930 transferiu-se para as Allgemeines-SS como Soldado onde, rapidamente, atingiu patentes superiores. Em jun./1933, já na vigência do regime nazista, foi designado para comandar o recém inaugurado Campo de Concentração de Dachau, como Coronel-senior-SS, onde permaneceu por dez meses. Em junho do ano seguinte participou da "Noite das Longas Facas" e, pelo seu destacado desempenho, foi promovido à Tenente-general-SS no mês seguinte. Segundo consta em várias publicações coube à ele assassinar o comandante geral das Tropas SA, Ernst Röhm (vide bio aqui). Na sequência foi posto como Inspetor Geral dos Campos de Concentração onde permaneceu por mais de cinco anos e implantou um rigoroso regime de terror aos internos das unidades sob sua supervisão. Após a vitoriosa campanha alemã contra os poloneses, que deflagrou a 2ª Guerra Mundial, Eicke foi indicado comandante da recém criada Divisão-SS Totenkopf unidade na qual participou da ofensiva contra o oeste (países baixos e França) e, em jun./1941, da invasão da URSS (vide postagem aqui). É creditado à ele alguns episódios de brutalidade e assassinato de prisioneiros de guerra. Sua unidade era composta por antigos guardas dos campos de concentração que já haviam sido seus subordinados, entretanto este improviso não foi inicialmente muito eficaz tendo em vista o pouco treinamento militar de que dispunham os oficiais e soldados. Em jul./1941 o carro no qual viajava, em território russo, passou sobre uma mina terrestre causando-lhe ferimentos graves em um dos pés. Eicke convalesceu por dois meses no hospital e, no retorno à ativa, reassumiu o comando de sua antiga divisão, mais tarde renomeada Divisão Panzergrenadier-SS Totenkopf após uma reformulação mecanizada. Por seu destacado desempenho, em território soviético, à frente desta unidade, Eicke foi, em abr./1942, promovido à General das Waffen-SS e condecorado com a honrosa Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro com Folhas de Carvalho. Theodor Eicke faleceu, em fev./1943, aos 50 anos de idade, quando o pequeno avião no qual realizava missão de reconhecimento aéreo foi derrubado pelo fogo do inimigo matando-o juntamente com o piloto.
Promoções:
? Soldado (Exército)
01/03/19 Sargento
29/07/30 Soldado-SS (Allgemeines)
??/08/30 1º Sargento-SS
11/11/30 1º Tenente-SS
27/11/30 Major-SS
30/01/31 Tenente-coronel-SS
15/10/31 Coronel-SS
21/10/32 Coronel-senior-SS
30/01/34 Major-general-SS
11/07/34 Tenente-general-SS
14/11/39 Tenente-general-SS
20/04/42 General das Waffen-SS
Principais condecorações:
??/??/14 Cruz de Ferro 1914 2ª Classe
30/01/40 Insígnia de Ouro do NSDAP
26/05/40 Cruz de Ferro 1939 2ª Classe (broche)
31/05/40 Cruz de Ferro 1939 1ª Classe
26/12/41 Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro
20/04/42 Cruz de Cavaleiro com Folhas de Carvalho (88º)
Principais posições/comandos:
21/12/31 - 03/04/33 Cmte. 10º Standarte-SS Pfalz
26/06/33 - 03/07/34 Cmte. Campo de Concentração de Dachau
26/06/33 - 03/07/34 Cmte. 5º Regimento Panzergrenadier-SS Thule
04/07/34 - ??/10/39 Inspetor Geral das Tropas SS-Totenkopf
04/07/34 - 14/11/39 Inspetor Geral dos Campos de Concentração
10/09/39 - 01/10/39 Alto Líder das SS e da Polícia no Leste (HSSPF)
01/11/39 - 07/07/41 Cmte. Divisão-SS Totenkopf
19/09/41 - 26/02/43 Cmte. Divisão-SS Totenkopf, depois Panzergrenadier-SS Totenkopf
Fegelein nasceu em Ansbach, Baviera, em out./1906. Aos 19 anos ingressou no Exército e dois anos depois transferiu-se para a Polícia onde permaneceu também por pouco mais de dois anos. Em 1930 ingressou nas SA e em ago./1932 filiou-se ao NSDAP. No ano seguinte, aos 26 anos, foi transferido e aceito nas SS. Fegelein escalou uma carreira rápida nesta tropa, pois em jul./1938 já alcançara a patente de Coronel-SS. Com o começo da 2ª Guerra Mundial foi designado para o comando do 1º Regimento de Cavalaria-SS Totenkopf, onde lutou contra a França e participou do início da campanha russa. Em set./1941 assumiu o comando da Brigada de Cavalaria-SS onde recebeu, por valentia em batalha, a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro e foi promovido a Coronel das Waffen-SS. Em abr./1942 foi indicado para comandar a 8ª Divisão de Cavalaria-SS Florian Geyer onde atuou, ainda no front leste, até jan./1944. À frente desta unidade Fegelein foi condecorado com a cobiçada Cruz de Cavaleiro com Folhas de Carvalho e promovido à Major-general das Waffen-SS. Em março daquele ano, após recuperar-se de ferimento, foi afastado da linha de combate e colocado como oficial-de-ligação entre o QG do Führer e a liderança geral das SS, Reichsführer-SS Heinrich Himmler (vide bio aqui). Com esta nova atribuição passou a frequentar o círculo íntimo que rodeava Hitler e começou um estreito relacionamento com a irmã de Eva Braun, Margareth (Gretl). Em jun./1944 ambos se casaram em cerimônia cujos padrinhos foram Martin Bormann e Himmler. Houve uma suntuosa recepção realizada no salão do "Ninho da Águia" (vide detalhes aqui) com a presença de grande parte da elite do poder, inclusive Adolf Hitler. Segundo consta em algumas obras literárias, o casamento foi politicamente arranjado, a fim de salvar a reputação da noiva que se relacionava com vários homens e, dizem, poderia estar grávida. No mês seguinte, durante o atentado contra a vida do ditador, na "Toca do Lobo" (vide postagem aqui), Fegelein esteve presente e saiu-se ferido levemente.
Nos últimos dias da guerra, depois que Hitler tomou conhecimento da traição de um dos seus mais fiéis colaboradores, Himmler, que tentara uma rendição em separado com os norte-americanos, ordenou que agentes da Gestapo detivessem Fegelein que havia desaparecido. Este foi encontrado bêbado em seu apartamento, acompanhado de sua amante húngara e portando documentos falsos que comprovavam que ele estava prestes a viajar para a Suíça sem autorização superior. A ira de Hitler não perdoou o infeliz desertor apesar dos apelos insistentes de Eva. Hermann Fegelein foi trazido para a chancelaria do Reich e imediatamente executado como traidor, sem direito à julgamento. Todas as suas condecorações foram-lhe despojadas. Sua esposa, Gretl, deu à luz a uma filha alguns dias depois, batizando-a com o nome de Eva Barbara, em homenagem à sua irmã que, poucos dias antes, escolhera o suicídio ao lado de Hitler no bunker subterrâneo, cercados pelas tropas soviéticas.
Promoções:
12/06/33 2º Tenente-SS (Allgemeines)
20/04/34 1º Tenente-SS
09/11/34 Capitão-SS
30/01/36 Major-SS
30/01/37 Tenente-coronel-SS
25/07/38 Coronel-SS
01/03/40 Tenente-coronel das Waffen-SS
01/02/42 Coronel das Waffen-SS
28/01/43 Coronel-senior das Waffen-SS
01/05/43 Major-general das Waffen-SS
21/06/44 Tenente-general das Waffen-SS
Principais condecorações:
15/12/40 Cruz de Ferro 1939 2ª Classe
28/06/41 Cruz de Ferro 1939 1ª Classe
02/03/42 Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro
25/12/42 Cruz de Cavaleiro com Folhas de Carvalho (157º)
01/11/43 Cruz Germânica em ouro
30/07/44 Cruz de Cavaleiro com Folhas de Carvalho e Espadas (83º)
20/08/44 Insígnia de Ferimento "20/07/44" em prata
Principais posições/comandos: 01/04/35 - 31/10/36 Líder do Subdistrito-SS de Cavalaria V (Munique)
15/09/39 - 15/12/39 Cmte. Standarte-SS de Cavalaria Totenkopf
15/12/39 - 01/12/40 Cmte. 1º Standarte-SS de Cavalaria Totenkopf
11/12/40 - 21/03/41 Cmte. Regimento de Cavalaria-SS Totenkopf
21/03/41 - 02/08/41 Cmte. 1º Regimento de Cavalaria-SS Totenkopf
01/09/41 - ??/04/42 Cmte. Brigada de Cavalaria-SS
??/04/42 - ??/08/42 Cmte. 8ª Divisão de Cavalaria-SS Florian Geyer
01/12/42 - 20/04/43 Cmte. Grupo de Combate Fegelein
14/05/43 - 12/09/43 Cmte. 8ª Divisão de Cavalaria-SS Florian Geyer
22/10/43 - 31/12/43 Cmte. 8ª Divisão de Cavalaria-SS Florian Geyer
??/03/44 - 28/04/45 Oficial-de-ligação do Reichsführer-SS e o QG do Führer
Apresento-lhes uma postagem dos principais selos que marcaram a história do período nazista. É curioso notar que, apesar de ter passado mais de 70 anos, a qualidade do material, a impressão, o desenho, as cores vibrantes e, sobretudo, o conteúdo são exemplos para a filatelia até os dias de hoje. Minha coleção particular:
Selos comemorativos ao aniversário do Führer (20/04) dos anos de 1938 (49ª), 1939 (50ª), 1940 (51ª), 1941(52ª), 1943 (54ª) e 1944 (55ª), respectivamente.
Série comemorativa aos Jogos Olímpicos de Berlim - 1936
Selos comemorativos à subida do NSDAP no poder relativo aos anos de 1938 (5º), 1943 (10º) e 1944 (11º), respectivamente
Séries comemorativas aos heróis da guerra - 1943 e 1944
Selos em homenagem ao presidente Hindenburg (vide bio aqui). Os três primeiros lançados entre 1927 e 1933, o último em 1934 por ocasião de sua morte, repare a borda em preto significando luto
Selos homenageando a Juventude Hitlerista (vide postagem aqui) - 1935 e 1943
Selos comemorativos ao Congresso do NSDAP em Nuremberg - 1935 e 1936
Selos comemorativos ao putsch de Munique (09/11/1923) - 1935 e 1944
Selos em homenagem às SA, SS e Volksturm - 1945
Selos comemorativos ao derby de Hamburg - 1939, 1940, 1941 e 1942
Selos em homenagem a Adolf Hitler - 1941-44 e 1938 (extraído de bloco filatélico)
Selo em homenagem à aliança Roma-Belim (Mussolini e Hitler) - 1941
Selos aéreos - 1934-44
Selos oficiais e de franquia militar - 1934-42
Selo aéreo - viagem do GrafZeppelin à Chicago - 1933
É interessante observar a grande quantidade de mulheres que circulavam ao redor do poder, antes e durante a ascensão do nazismo. Ora simplesmente acompanhando seus maridos, ora esbanjando sua beleza durante festividades. Algumas influentes, outras ambiciosas, haviam as tímidas, mas, certamente, todas deram um toque de classe naquele conturbado período agregando mais glamour à história do 3º Reich.
Inga Ley (mar./1916-dez./1942) - Segunda esposa de Robert Ley, o líder da Frente de Trabalho Alemã, com quem casou-se em ago./1938. Hitler a considerava a mulher mais bela do 3º Reich, pois possuía as características básicas da raça ariana - alta, loura e de olhos azuis. Segundo sustentam alguns historiadores ela nutria pelo ditador um amor platônico. Nos eventos em que se apresentava, ao lado de seu marido, sempre estava muito bem trajada, irradiando charme. Dançarina de ballet e atriz, era filha de artista e diretor de teatro prestigiado na Alemanha. Foi infeliz no casamento devido ao comportamento do marido, mulherengo e alcoólatra. Teve três filhos, contudo sofreu de complicações psicológicas após o terceiro parto que a deixou dependente de morfina. Instável e deprimida, abusou do álcool e tentou o suicídio por duas ocasiões. Muito embora sua morte esteja, até hoje, cercada de mistérios, é mais provável que, em dez./1942, aos 26 anos, atirou contra sua cabeça em sua residência, em Berlim, e faleceu.
Emmy Göring (mar./1893-jun./1973) - Segunda esposa de Hermann Göring (veja bio aqui), comandante da Luftwaffe e o 2º homem mais importante do 3º Reich. Atriz teatral divorciada; casaram-se em abr./1935 e tiveram uma filha, Edda, nascida em jun./1938. Foi considerada a "primeira dama do 3º Reich" para enorme inveja de Eva Braun. Emmy recebia muita atenção do público alemão e era constantemente fotografada. Levava uma vida de rainha por estar casada com um dos homens mais ricos da Europa. Göring possuía mansões na Alemanha, Áustria e Polônia e foi o maior beneficiado com as obras de arte confiscadas pelos nazistas dos judeus e de outros inimigos do regime. Após o final da 2ª Guerra ela foi julgada e condenada a um ano de prisão por ser nazista. Após sua libertação e morte de seu marido, 30% de suas propriedades foram confiscadas e, juntamente com sua filha, viveu na pobreza em um modesto apartamento, em Berlim, onde morreu aos 80 anos.
Leni Riefenstahl (ago./1902-set./2003) - Cineasta alemã preferida de Hitler. Leni iniciou sua carreira, assim como milhares de jovens alemãs da década de 20, como dançarina, entretanto uma lesão no joelho a fez se afastar da dança e se interessar por cinema onde, por quase dez anos, atuou em sete filmes de ação e montanhismo. Em 1932 ela aceitou dirigir um filme de ficção e apaixonou-se pela nova atividade. Hitler, um aficionado por cinema, convidou-a para dirigir um curta-metragem de propaganda nazista. O resultado foi excelente e, a partir daí, sua carreira deslanchou junto com o regime. Em 1936 ela filmou as Olimpíadas de Berlim e o material transformou-se no filme Olympia com técnicas inovadoras de filmagem que influenciou as futuras produções esportivas em todo o mundo. Leni, uma mulher muito bonita e competente, esteve durante todo o período do regime nazista presente aos grandes eventos, como cineasta ou simplesmente como convidada. Com a derrocada do regime, em mai./1945, foi aprisionada pelos franceses, mas por falta de provas não foi considerada nazista, apenas simpatizante. Nos anos seguintes ela tentou produzir filmes, mas não conseguiu apoio da mídia nem patrocinadores. Desistiu do cinema e tornou-se fotógrafa. Leni faleceu aos 101 anos e não deixou descendentes, embora tenha sido casada por quatro anos.
Lida Baarova (set./1914-out./2000) - Bela atriz tcheca, amante de Josef Goebbels (veja bio aqui), o Ministro da Propaganda do Reich. Goebbels apaixonou-se por Lida após conhecê-la em 1936 e o relacionamento durou mais de dois anos. Magda, esposa de Goebbels, tentou divorciar-se, contudo Hitler interveio e pressionou seu ministro que resistiu em romper a relação. O ditador alemão ordenou que a Gestapo transportasse a atriz para sua terra natal proibindo-a de atuar em filmes alemães. O romance terminou e a reputação do regime ficou imune ao escândalo. Em 1942 Lida mudou-se para a Itália e continuou uma carreira de sucesso. Ao final da guerra foi detida pelos tchecos como colaboradora do nazismo, contudo foi libertada por falta de provas, com o apoio de seu futuro marido, um influente político local. Em 1948 emigraram para a Áustria e posteriormente para a Argentina. Alguns anos depois ela retornou a Itália a fim de recomeçar sua carreira onde atuou em diversos filmes de sucesso até o final da década de 50. De volta à Alemanha, em 1958, casou-se novamente em 1969. Faleceu aos 86 anos.
Magda Goebbels (nov./1901-mai./1945) - Esposa do Ministro da Propaganda do Reich, Josef Goebbels (veja bio aqui). Admiradora de Adolf Hitler e entusiasta do Nacional-socialismo. Casou-se, em primeiras núpcias, com Günther Quandt, um industrial bem mais velho com quem teve um filho, Harald, nascido em nov./1921. Em 1929 divorciaram-se e o ex-marido deixou-lhe bens suficientes para levar uma vida tranquila com seu filho, ainda menor. Em setembro do ano seguinte, ainda jovem e atraente, filiou-se ao NSDAP após ficar encantada com os discursos inflamados do líder do partido e de seu fiel seguidor Josef Goebbels. Magda voluntariou-se para trabalhar no partido, não como ativista, mas como secretária no gabinete de um assessor de Goebbels. Inteligente e sofisticada, em pouco tempo demonstrou habilidade nos arquivos e ganhou a confiança dos superiores, inclusive de Adolf Hitler a quem admirava devotadamente. O casamento com Josef Goebbels foi incentivado pelo futuro ditador que considerava Magda peça-chave para conexões políticas com a alta classe onde ela tinha relacionamento social. Em dez./1931 aconteceu o casório tendo Hitler como testemunha. Os seis filhos vieram rápido, todos batizados com nomes cuja primeira letra era H em homenagem ao Führer da Alemanha. A despeito de seu problema físico, Goebbels tinha um apetite sexual insaciável e, durante o casamento, manteve inúmeros casos paralelos. O mais notório com a atriz tcheca Lida Baarova (acima descrita) que por pouco não provocou o término do casamento dos Goebbels. Alguns historiadores comentam que durante este período Magda manteve com Karl Hanke, um subordinado a seu marido no Ministério da Propaganda, um caso extraconjugal, como forma de retaliação, entretanto estes rumores nunca se confirmaram. Durante os anos de guerra o casal manteve-se fiel ao ditador, pelo menos publicamente, pois quando a situação militar no front leste começou a ficar complicada, algumas testemunhas atestaram que ela criticava as decisões insanas de Hitler. Mesmo assim ela nunca deixou de apoiar o esforço feminino durante o conflito e, pessoalmente, participava de reuniões de apoio às esposas dos soldados ou às viúvas dos mortos em combate. Trabalhou como enfermeira da Cruz Vermelha e como operária numa indústria de materiais eletrônicos. Magda era entusiasmada pelo regime nazista e fazia questão de demonstrar isso. Seu filho do primeiro casamento, Harald, foi piloto da Luftwaffe e lutou na guerra. Por todas estas razões Hitler a considerava a "mãe mais devotada do 3º Reich". Nos dias finais da guerra, Magda e sua família, acompanharam Hitler em seu esconderijo subterrâneo e presenciaram os momentos finais da vida do ditador e sua recém esposa Eva Braun. No dia seguinte ela e seu marido também suicidaram-se nos jardins da chancelaria do Reich após envenenarem seus seis filhos menores (vide mais detalhes aqui). Teria ela dito: "Não há razão para viver mais numa Alemanha sem Adolf Hitler e o Nacional-socialismo".
Henny von Schirach-Hoffmann (fev./1913-jan./1992) - Filha do fotógrafo pessoal de Hitler, Heinrich Hoffmann, e esposa de Baldur von Schirach, o primeiro líder da Juventude Hitlerista. No começo dos anos 20, ainda criança, conheceu o futuro ditador que a tratava carinhosamente. A amizade estreita de seu pai com Hitler a fez conhecer seu futuro esposo em 1932. Em março daquele ano casaram-se e tiveram quatro filhos. Muito embora ela fosse filiada ao NSDAP desiludiu-se com o regime nazista quando tomou conhecimento das atrocidades cometidas contras os judeus em campos de concentração, afastando-se da elite do poder. Com a derrocada do nazismo e o fim da guerra, seu marido foi condenado à 20 anos de prisão. Em meados 1949 ela envolveu-se com o ex-marido de Leni Riefensthal, Peter Jacob, e divorciou-se, formalmente, de Baldur em jul./1950. Alguns anos mais tarde tentou, sem sucesso, a redução da pena de seu ex-marido e na década de 80 publicou um livro de humor sobre o tempo que se manteve próxima à Hitler. Henny faleceu de causas naturais em jan./1992, aos 79 anos.
Lina von Osten Heydrich (jun./1911-ago./1985) - Nazista fervorosa e esposa do General-SS Reinhard Heydrich (veja bio aqui), o protector da Boêmia & Morávia (parte da antiga Tchecoslováquia, anexada ao Reich em mar./1939). Depois que Heydrich foi expulso da Marinha, em 1931, Lina conseguiu, através de seus contatos, que ele fosse aceito nas SS. Casaram-se em dez./1931 e tiveram quatro filhos. O casamento por pouco não acabou em divórcio devido à sérios desentendimentos, entretanto reconciliaram-se. Ficou viúva em jun./1942 após seu marido ter sido emboscado em Praga por guerrilheiros locais. Após a guerra, em 1965, ela conheceu um diretor de teatro finlandês e se casou novamente. Em 1976 escreveu suas memórias durante o regime de Hitler e negou conhecer as atrocidades cometidas por seu ex-marido durante a administração do Protetorado. Lina faleceu fiel ao Nacional-socialismo em ago./1985, aos 74 anos.
Annelies von Ribbentrop (jan./1896-out./1973) - Esposa do Ministro das Relações Externas do Reich, Joachim von Ribbentrop. Filha de famoso industrial alemão, Otto Henkell. Annelies e Joachim casaram-se em jul./1920 e tiveram quatro filhos. No princípio a família Henkell foi contrária ao casamento por entender que Joachim estaria se aproveitando da sua boa condição financeira. O casal viveu em Londres quando seu marido foi embaixador alemão naquele país e, depois que ele foi designado Ministro do Reich, em fev./1938, ela sempre o acompanhava nas viagens exercendo forte influência nos negócios. Em suas aparições públicas sempre demonstrava elegância, embora não fosse muito simpática devido à sua aparência sisuda e temperamento malicioso. Nos anos da guerra Joachim foi "isolado" pelos outros altos dirigentes nazistas por se deixar tratar como um "garoto de recados" nas mãos de Hitler. Neste sentido Annelies também recebeu o mesmo tratamento. No fim do conflito seu marido foi preso e julgado pelo Tribunal Internacional de Nuremberg. Annelies, durante o processo, esteve sempre apoiando von Ribbentrop. Após a execução deste, em out./1946, ela foi aprisionada para "desnazificação" e, depois de libertada, viveu sem alarde, voltada para sua família. Annelies faleceu aos 77 anos de causas naturais.
Gerda Bormann Buch (out./1909-abr./1946) - Esposa de Martin Bormann, secretário de Adolf Hitler e homem forte do partido nazista. Casaram-se em set./1929 sendo considerada, mais tarde, a mulher típica do 3º Reich, pois era robusta, dedicada ao marido e à família, fiel ao NSDAP e ao Führer. Filha de influente juiz nazista, General-SS Walter Buch (vide bio aqui). Ela também foi uma fanática do regime nazista e fã do notório antissemita Julius Streicher. O casal teve dez filhos e Gerda suportou calada diversos casos de infidelidade do marido. Ela e sua família participavam do pequeno círculo de amigos íntimos de Hitler e constantemente frequentavam a sua casa nos Alpes bávaros, o Berghof (vide postagem aqui). Não obstante sua presença habitual nos círculos do poder, mantinha-se afastada das questões políticas devido a grande quantidade de filhos pequenos que tinha para criar. Nos dias finais da guerra seu marido desapareceu no cerco de Berlim e Gerda fugiu para a Itália com seus filhos. Descoberta no fim daquele ano, foi duramente interrogada sobre o paradeiro de seu marido, embora ela nada soubesse, pois a morte de Martin somente foi reconhecida e oficializada na década de 90. Gerda foi hospitalizada ainda em 1945 e morreu de câncer em abr./1946 com apenas 37 anos.
Manja Behrens (abr./1914-jan./2003) - Conhecida amante de Martin Bormann. Atriz alemã do teatro e cinema. Sobreviveu à guerra e atuou até a década de 90. Faleceu de causas naturais aos 88 anos.
Margarete Himmler (set./1893-ago./1967) - Esposa do SS-Reichsführer Heinrich Himmler (veja bio aqui), o Comandante-chefe das SS. Filha de fazendeiro de posses, era robusta, loura e de olhos azuis, muito embora não fosse bonita nem alta. Durante a 1ª Grande Guerra trabalhou como enfermeira e teve um primeiro casamento de curta duração. "Marga" e Himmler, sete anos mais novo que ela, casaram-se em jul./1928 e viveram numa fazenda de criação de galinhas, próxima de Munique, que não prosperou. Sua única filha, Grudun, nasceu em ago./1929 e faleceu em mai./2018. O casamento ruiu em 1940 e Himmler passou a conviver com outra mulher, entretanto, para manter as aparências sociais da liderança do poder nazista, não se divorciaram. Após o fim da guerra e do suicídio de seu marido, Marga e Grudun foram presas e testemunharam no Tribunal de Nuremberg até nov./1946.
Hedwig Potthast (fev./1912-set./1994) - Amante e ex-secretária particular de Heinrich Himmler. Filha de um notório homem de negócios de Colônia. Hedwig (doze anos mais jovem) e Himmler passaram a conviver por volta de 1941 depois que ele perdeu o afeto por sua esposa, Marga. Tiveram um casal de filhos, ainda vivos. Himmler mandou construir-lhe uma casa nas montanhas de Obersalzberg, próximo à de Bormann. Quase nada se conhece do destino dela e de seus filhos depois da guerra, apenas que teve outro casamento e se manteve afastada dos noticiários.
Maria Reiter (dez./1911-jul./1992) - Reconhecida como o primeiro caso de amor de Hitler. Austríaca de nascimento e filha de um funcionário do PSD de Berchtesgaden. Conheceram-se em 1927 quando "Mitzi" contava apenas 17 anos. Hitler teria prometido formar uma família com ela, mas precisava primeiro cumprir sua "missão política". Ela, ingenuamente, acreditou e o aguardou durante meses até entrar em profunda depressão o que lhe fez tentar sem sucesso o suicídio por enforcamento. Os anos se passaram e Mitzi casou-se com um hoteleiro, contudo a união terminou em 1931. Novamente Hitler e ela tiveram alguns encontros, entretanto seu desejo continuava a ser o mesmo - o matrimônio; e o futuro ditador considerava politicamente incorreto a união com uma divorciada o que fez com que se separassem mais uma vez. Após a nomeação de Hitler como Chanceler da Alemanha, convidou-a para ser sua amante sem formalizar casamento pois, segundo ele, ainda havia uma importante missão a ser cumprida e a constituição de uma família poderia atrapalhar seus planos. E novamente Mitzi recusou. Em 1936 ela casou-se pela 2ª vez com o Capitão-SS Georg Kubisch que morreria na guerra em mai./1940. Depois que ela enviuvou nunca mais tornou a encontrar-se com o Führer. Mitzi, em 1959, revelou toda esta história para um periódico alemão. Provavelmente faleceu de causas naturais em jul./1992, aos 80 anos de idade.
Renate Müller (abr./1906-out./1937) - Belíssima loura de olhos azuis, atriz e cantora alemã com quem Hitler, provavelmente, teve um breve relacionamento. No começo dos anos 30 ela foi atraída pelo NSDAP para atuar em filmes de propaganda nazista, todavia recusou. Os detalhes de sua morte, ainda jovem, não estão muito bem esclarecidos. Na época a imprensa do regime nazista atribuiu suicídio (jogou-se da janela de seu apartamento) decorrente de epilepsia, contudo rumores apontam para assassinato por agentes da Gestapo por ela estar se relacionando com um judeu e, devido a sua popularidade, era prejudicial ao "regime".
Unity Mitford (ago./1914-mai./1948) - Britânica de nascimento e oriunda de família aristocrata. Era prima da esposa de Winston Churchill. Devota do fascismo acabou hipnotizada pela oratória de Hitler quando trabalhava em Munique. Logo tornou-se próxima da elite do regime e rival de Eva Braun. Em set./1939, quando a Grã-Bretanha declarou guerra à Alemanha, entrou em profunda depressão e tentou em vão o suicídio, embora tenha se ferido gravemente. Boatos davam conta que ela fosse espiã à serviço dos ingleses. Retornou à sua terra natal em abr./1940 mentalmente desequilibrada e, segundo a sensacionalista imprensa britânica, poderia estar grávida de um filho do ditador alemão. "Bobo", como era carinhosamente apelidada, morreu de meningite em mai./1948 com apenas 34 anos incompletos.
"Winie" Wagner (jun./1897-mar./1980) - Nasceu na Inglaterra e foi esposa de Siegfried Wagner, filho do compositor e maestro alemão Richard Wagner (1813-1883), considerado por Hitler um gênio musical. Enviuvou em ago./1930, tornou-se admiradora do ditador, muito embora negasse a ideologia nazista. Diretora do Festival de Musica de Bayreuth recebeu de Hitler grande apoio a fim de popularizar o evento. Pela sua constante aparição em público ao lado de Hitler, existiram boatos que eles planejavam se casar. Com o fim do regime nazista, Winie foi banida do Festival e passou o resto da vida fora da mídia. Morreu de causas naturais aos 82 anos.
"Gretl" Braun (ago./1915-out./1987) - Irmã mais nova de Eva Braun (veja bio aqui). Ainda bem jovem trabalhou junto com sua irmã no estúdio fotográfico de Heinrich Hoffmann, o fotógrafo pessoal de Adolf Hitler. Durante o regime nazista frequentou os eventos sociais junto com sua irmã e foi visita constante do Berghof, a casa de campo de Hitler nos Alpes bávaros (vide postagem aqui). Em jun./1944 casou-se com o Tenente-general-SS Hermann Fegelein (vide bio aqui), oficial de ligação das SS com o ditador. Dizem que o casamento foi arranjado a fim de preservar a imagem de Gretl que era vista, constantemente, em companhia de diferentes homens e poderia estar grávida. Fegelein foi, nos últimos dias da guerra, executado por ordens de Hitler, por alta traição e deserção. Uma semana depois Gretl deu à luz a uma filha, Eva Barbara Fegelein (1945-1975), em homenagem a sua irmã. Gretl sobreviveu à guerra e casou-se em segundas núpcias em fev./1954. Faleceu na Baviera aos 72 anos.
Gertrud Scholtz-Klink (fev./1902-mar./1999) - Fervorosa nazista e líder da Liga Feminina Nacional-Socialista (NS-Frauenschaft). Aos 18 anos casou-se pela primeira vez e teve seis filhos antes do marido falecer. Em 1932 casou-se novamente com um médico de quem se divorciou em 1938. Finalmente em 1940 casou-se pela última vez com o General-SS August Heissmeier (vide bio aqui). Ao todo Gertrud deu à luz a onze filhos, por isso foi considerada a mulher nazista perfeita. Em jul./1936 foi apontada para integrar o Comitê Feminino da Frente de Trabalho Alemã com a responsabilidade de atrair a mão de obra feminina para o esforço nacional-socialista de desenvolvimento industrial e agrícola. Após a queda do 3º Reich ela e seu marido foram detidos pelos soviéticos, entretanto conseguiram escapar. Três anos depois foram reconhecidos e presos na França onde foram julgados por uma corte militar. Gertrud foi sentenciada a 18 meses de prisão por falsidade ideológica, sentença esta revista, dois anos depois, e aumentada para mais 30 meses. Além disso foi banida da política e proibida por 10 anos de exercer funções de professora e jornalista ou envolver-se em lideranças sindicais. Depois que ganhou a liberdade, em 1953, retornou à Alemanha e desapareceu da vida pública. Gertrud faleceu em mar./1999 aos 97 anos.
Jutta Rüdiger (jun./1910-mar./2001) - Líder da Organização Feminina Juvenil do NSDAP (Bund Deutscher Mädel, BDM) de nov./1937 a mai./1945. No fim dos anos 20 tornou-se adepta do nazismo integrando-se à Liga dos Estudantes Alemães do NSDAP. Depois da subida do nazismo no poder ela tornou-se, rapidamente, auxiliar feminina dentro da Juventude Hitlerista. Em nov./1937 assumiu a liderança geral da nova organização (BDM) e filiou-se ao NSDAP. Embora fosse subordinada ao comando da JH ela sempre lutou pela autonomia de seu grupo além de rivalizar com a NSF, de Gertrud Scholtz-Klink. O objetivo da organização, dentro da ideologia nazista, sempre foi preparar as jovens para se tornarem esposas e mães exemplares, perpetuando a raça ariana. Jamais foram induzidas a pegar em armas. Durante os anos de guerra seus membros foram recrutadas para trabalhar em fábricas de munição de acordo com as diretrizes do esforço de guerra. Rüdiger aliciou milhões de jovens neste sentido. A partir de 1943, com o aumento do bombardeio estratégico aliado das cidades alemãs, as jovens do BDM, juntamente com integrantes da JH, compuseram grupos de defesa antiaérea. Foi o aspecto mais próximo do combate onde as mulheres alemãs estiveram presentes. Jutta foi presa pelas tropas norte-americanas ao terminar a 2ª Guerra Mundial e passou mais de dois anos em cativeiro, embora nunca fosse acusada de qualquer crime ou levada à tribunal para julgamento. Depois de libertada retomou sua carreira na área de psicologia pediátrica. Jutta faleceu aos 90 anos de idade, leal a causa que abraçou durante toda vida. Pouco se conhece de sua vida pessoal.
Eva Braun - A amante de Adolf Hitler. Veja postagem isolada aqui
Hanna Reitsch - A piloto do 3º Reich. Veja postagem isolada aqui
Carin Göring - A primeira esposa de Hermann Göring. Veja postagem isolada aqui
"Traudl" Junge - Secretária de Hitler. Veja postagem isolada aqui
"Geli" Raubal - A sobrinha polêmica do Führer. Veja postagem isolada aqui
Biografias curtas, condecorações, insígnias, ordens de batalha, curiosidades e outros assuntos correlatos da Alemanha exclusivamente nos períodos pré e durante a segunda guerra mundial.