Os Einsatzgruppen (unidades móveis) foram grupos paramilitares da Alemanha nazista, criados em 1938, responsáveis pelo assassinato em massa de minorias locais, principalmente judeus. Eles operavam através dos territórios ocupados seguindo na retaguarda das tropas do Exército, a partir de set./1939, na Polônia e, posteriormente, na Rússia. Foram responsáveis por mais de um milhão de mortes e se tornaram a primeira organização oficial do regime nazista a cometer assassinato em massa contra os judeus como se fossem polícia organizada. Seus integrantes eram recrutados, de forma provisória, dentro da Ordinungspolizei (Orpo), a Polícia Regular de Ordem, das Waffen-SS e de voluntários locais. Todos liderados por oficiais da Sicherheitsdienst (SD), o Serviço de Segurança, da Geheime Staatspolizei (Gestapo), a Polícia Secreta Estatal e da Kriminalpolizei (KRIPO), a Polícia Criminal. Tudo sob a direção do Reichssicherheitshauptamt (RSHA), o Escritório Central de Segurança do Reich, cujo chefe era o abominável General-SS Reinhard Heydrich. Parece muito complicado toda essa subordinação e siglas...e era. Todavia, em se tratando de matar, foram muito eficientes!
Estes grupos foram concebidos inicialmente para assegurar os documentos, escritórios e prédios do governo durante a invasão da Tchecoslováquia programada para 01/10/1938, entretanto o Pacto de Munique impediu que um conflito maior fosse deflagrado, uma vez que parte do território daquele pais, os Sudetos Tchecos, cuja população de maioria germânica, foi incorporada ao Reich Alemão, com o beneplácito da Grã-Bretanha e França. Ainda assim estes grupos ocuparam os escritórios e representaram o governo local, mesmo que provisoriamente. Quando o restante da Tchecoslováquia foi invadido, em mar./1939, novamente eles foram formados e acionados para ocupar os órgãos do governo depois da entrada das tropas regulares do Exército. Como não houve resistência, o trabalho foi facilitado, muito embora os seus comandantes tivessem ordens de usar a força através de armas de fogo para cumprirem suas missões.
Com a experiência alcançada no caso tcheco, novamente os "esquadrões da morte" foram reconvocados para seguir as tropas do Exército na campanha contra a Polônia, que deu início à Segunda Guerra Mundial. As forças armadas daquele país foram derrotadas em três semanas muito embora tivessem lutado com bravura. Contudo, neste caso, haviam muitos nacionalistas descontentes com os invasores. Os "grupos de bárbaros" entraram nas cidades polonesas para fazer seu trabalho de "varredura" buscando além dos judeus, os cidadãos da alta classe e intelectuais que se manifestavam contra a ocupação. Desta forma, foram massacrados professores, aristocratas, políticos, juízes, padres, estudantes, músicos, enfim todos aqueles grupos claramente identificados com a política nacional local. Os "esquadrões", outra vez, na pessoa de seu comandante, tinham livre-arbítrio para assassinar qualquer um que fosse considerado hostil. A alta classe polonesa, a liderança política assim como o empresariado dominante foram eliminados. Para se ter a idéia exata da monstruosidade cometida, basta dizer que, foram criados oito destes "esquadrões", cada um agindo de forma independente sob o comando de um oficial-SS, agregado a um dos Exércitos formais e todos com objetivos regionais diferentes. O massacre ocorrido na Polônia chocou, pela primeira vez, os generais das Wehrmacht que consideraram estes atos uma arbitrariedade sem objetivo moral, que feriam, abertamente, o código de disciplina militar.



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