Foi o primeiro campo de prisioneiros aberto na Alemanha na pequena cidade de Dachau, situada 16 Km a noroeste da cidade de Munique, capital do estado da Baviera, na região sul do país. Heinrich Himmler (vide bio aqui), chefe de polícia da cidade, inaugurou o campo em mar./1933, 5 semanas após o início do regime nazista, no local onde existia uma fábrica de munições abandonada. Previsto inicialmente para abrigar 5.000 prisioneiros políticos a fim de restaurar a tranquilidade política na Alemanha. Após 1935 começaram a chegar outros tipos de internos como homossexuais, judeus, testemunhas de Jeová, ciganos, estrangeiros de nações ocupadas e criminosos comuns. Alí receberam tratamento desumano brutal, forçados a trabalho escravo, alimentação insuficiente, espancamento, celas solitárias como punição e, finalmente, a morte. A partir de 1937 o campo se expandiu em sub campos e a capacidade de detentos aumentou consideravelmente. Chegaram milhares de judeus da Áustria e dos Sudetos Tchecos após a anexação destes territórios pela Alemanha nazista bem como as seguidas prisões realizadas na "Noite das Vidraças Quebradas", durante 1938. Dachau tornou-se modelo de administração e organização para os demais campos a serem construídos na Alemanha e fora dela. Após a invasão da Rússia, em jun./1941, milhares de prisioneiros soviéticos foram enviados para o campo e, 5 meses depois, começaram a ser sumariamente eliminados por fuzilamento numa clara violação às convenções internacionais de guerra. Em meados de 1942 a população de internos superava 12.000. Duzentos prisioneiros foram submetidos a experimentos médicos bárbaros que, não raro, os levavam à morte certa. Até o final de abr./1945 continuavam a chegar prisioneiros a Dachau piorando drasticamente as condições de saúde e higiene. Em 29/04/1945 tropas norte-americanas libertaram o campo onde perto de 68 mil internos (1/3 judeus) permaneciam nas instalações do complexo em estado precário de saúde, incapazes de andar. Muitos morreriam nos dias seguintes notadamente de febre tifoide juntando-se as centenas de corpos que por dias jaziam no chão ou em vagões de trem. Pouco antes dos libertadores chegarem os internos remanescentes
foram obrigados a deixar as instalações e iniciar uma longa marcha de
aproximadamente 40 Km ao sul de Munique. Cerca de 7 mil prisioneiros,
bastante enfraquecidos, foram expostos a esta terrível jornada da qual
mais de mil ficaram pelo caminho, mortos de frio, exaustão, fome,
doenças de todos os tipos ou simplesmente assassinados pelos guardas das
SS.
Em 12 anos de existência acredita-se que perto de 206 mil prisioneiros passaram por Dachau e seus sub campos oriundos de mais de trinta países. Destes, cerca de 31.600 mortes foram registradas das mais diversas causas. Muitos prisioneiros ao chegar no campo não foram sequer registrados pela administração, portanto é provável que o número de vítimas fatais tenha sido bem maior. Apesar do campo possuir fornos crematórios e câmaras de gás, não há evidências que tenham sido usados.
Comandantes:
mar./33-jun./33 |
Coronel-SS Hilmar Wäckerle (nov./99-jul./41)
Obs.: Morto em combate na Rússia.
jun./33-jul./34 |
Tenente-general-SS Theodor Eicke (out./92-fev./43)
Obs.: Morto após o avião no qual viajava ser derrubado pelo inimigo.
Coronel-senior-SS Alexander Reiner (mar./85-mai./60)
Período: jul./34 - out./34
out./34 - jan./35 |
Major-general-SS Berthold Maack (mar./98-nov./81)
jan./35 - mar./36 |
Coronel-senior-SS Heinrich Deubel (fev./90-out./62)
abr./36 - fev./40 |
Coronel-senior-SS Hans Loritz (dez./95-jan./46)
Obs.: Suicidou-se.
fev./40 - ago./42 |
Major-SS Alexander Bernhard Hans Piorkowski (out./04-out./48)
Obs.: Julgado, condenado à morte e enforcado.
set./42 - set./43 e abr./45 - abr./45 |
Tenente-coronel-SS Martin G. Weiss (jun./03-mai./46)
Obs.: Julgado, condenado à morte e enforcado.
out./43 - abr./45
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