Completa-se nos próximos dias oitenta anos da subida do Nacional-Socialismo ao poder na Alemanha. Em 30/01/1933 Hitler recebia das mãos do Presidente Paul von Hindenburg (vide bio aqui) a chancelaria do governo. Era o apogeu de uma difícil escalada que tivera início treze anos antes quando o jovem Adolf Hitler filiou-se ao pequeno Partido dos Trabalhadores Alemães (DAP) e deixou o Exército após a derrota na 1ª Grande Guerra. Em dezenas de discursos ele contou com orgulho sua trajetória até aquela data conseguindo transformar um minúsculo partido numa força política nacional até tornar-se o maior partido da Alemanha.
Em nov./1923 tentou apressadamente tomar o poder à força no estado da Baviera, contudo o golpe não logrou êxito sendo encarcerado por nove meses além de ver seu partido esfacelar-se. Nem isso o fez sentir-se derrotado, muito pelo contrário, arregaçou as mangas e partiu para a luta política, reorganizando o NSDAP, publicando seu famoso livro Mein Kampf (Minha Luta), tecendo alianças, conseguindo recursos das grandes indústrias e criando sua guarda pessoal, as Tropas SS (mais fiéis à ele do que as SA). Em mar./1927 a justiça devolveu-lhe o direito de discursar em público, entretanto as eleições para o Parlamento Alemão (Reischstag), de mai./1928, mostrou-lhe que muito trabalho ainda havia para ser feito, pois neste sufrágio o NSDAP conseguiu somente 2,6% dos votos, o que representava apenas 12 cadeiras naquela casa. Nas eleições seguintes, de set./1930, os frutos começavam a aparecer devido ao agravamento da crise econômica - os nazistas ficaram com mais de 18% dos votos conquistando 107 cadeiras no Parlamento tornando-se, desta forma, o segundo maior partido nacional. Ao mesmo tempo que os adeptos de suas idéias iam engrossando as fileiras do partido, suas tropas SA também cresciam progressivamente chegando a ter um contingente de 70 mil homens. Em abr./1932, já naturalizado alemão, concorreu à presidência da República contra o Marechal von Hindenburg (que disputava a reeleição) e foi derrotado em segundo turno. Mais um revés que não o fez desistir. Em julho daquele ano, em novas eleições para o Reichstag, o NSDAP alcançou 37,3% do eleitorado, tornando-se o maior partido político alemão com 230 cadeiras! Não havia mais como governar o país sem a colaboração dos nazistas e seus já então 500 mil homens das tropas SA. No mês seguinte, em meio ao caos político, Hitler recusa a vice-chancelaria. Para ele era o governo total ou nada. O Parlamento novamente foi dissolvido e as eleições de nov./1932, para a nova formação das cadeiras, mostrou um pequeno recuo do NSDAP, entretanto os grande industriais e as coalizões políticas exigiam um novo governo livre de amarrações com o passado. Sem ter saída mais apropriada o alquebrado Presidente von Hindenburg, herói da 1ª Grande Guerra, oferece à Hitler a Chancelaria da Alemanha. Chegara o grande dia!
Em nov./1923 tentou apressadamente tomar o poder à força no estado da Baviera, contudo o golpe não logrou êxito sendo encarcerado por nove meses além de ver seu partido esfacelar-se. Nem isso o fez sentir-se derrotado, muito pelo contrário, arregaçou as mangas e partiu para a luta política, reorganizando o NSDAP, publicando seu famoso livro Mein Kampf (Minha Luta), tecendo alianças, conseguindo recursos das grandes indústrias e criando sua guarda pessoal, as Tropas SS (mais fiéis à ele do que as SA). Em mar./1927 a justiça devolveu-lhe o direito de discursar em público, entretanto as eleições para o Parlamento Alemão (Reischstag), de mai./1928, mostrou-lhe que muito trabalho ainda havia para ser feito, pois neste sufrágio o NSDAP conseguiu somente 2,6% dos votos, o que representava apenas 12 cadeiras naquela casa. Nas eleições seguintes, de set./1930, os frutos começavam a aparecer devido ao agravamento da crise econômica - os nazistas ficaram com mais de 18% dos votos conquistando 107 cadeiras no Parlamento tornando-se, desta forma, o segundo maior partido nacional. Ao mesmo tempo que os adeptos de suas idéias iam engrossando as fileiras do partido, suas tropas SA também cresciam progressivamente chegando a ter um contingente de 70 mil homens. Em abr./1932, já naturalizado alemão, concorreu à presidência da República contra o Marechal von Hindenburg (que disputava a reeleição) e foi derrotado em segundo turno. Mais um revés que não o fez desistir. Em julho daquele ano, em novas eleições para o Reichstag, o NSDAP alcançou 37,3% do eleitorado, tornando-se o maior partido político alemão com 230 cadeiras! Não havia mais como governar o país sem a colaboração dos nazistas e seus já então 500 mil homens das tropas SA. No mês seguinte, em meio ao caos político, Hitler recusa a vice-chancelaria. Para ele era o governo total ou nada. O Parlamento novamente foi dissolvido e as eleições de nov./1932, para a nova formação das cadeiras, mostrou um pequeno recuo do NSDAP, entretanto os grande industriais e as coalizões políticas exigiam um novo governo livre de amarrações com o passado. Sem ter saída mais apropriada o alquebrado Presidente von Hindenburg, herói da 1ª Grande Guerra, oferece à Hitler a Chancelaria da Alemanha. Chegara o grande dia!
Sim, chegara ... mas para quem? Para o NSDAP? Para Adolf Hitler? Para a multidão que ele arrastava? Para todos estes juntos?...doze anos após, o ditador, em meio às ruínas da capital cercada pelo Exército Vermelho, não cessava de justificar a derrota como fruto da traição do povo e de seus generais. O povo, por seu lado, chorando a perda de seus parentes e totalmente desiludido, julgava-se traído por Hitler. Decerto não há o que comemorar nesta data.
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